15 outubro, 2011

nem todas as vidas são contos de fadas. nem todas as histórias começam por "era uma vez".
em 1990 nasceu uma menina de nome maria, que tudo indicava que seria a princesa da casa, a filha perfeita, um modelo de feminilidade. com os seus poucos cabelos loiros e os seus lindos e grandes olhos azuis, deliciava toda uma casa. a sua infância foi perfeitamente normal, aparentemente feliz. tinha o amor incondicional dos seus pais. com o passar dos anos, essa menina não era mais aquele bebé, aquela criança indefesa que precisava da protecção contínua dos seus progenitores. essa menina foi se tornando numa jovem adolescente com os problemas normais que a idade proporciona. os seus gostos começaram a mudar, a definirem-se talvez. deixou de usar rosa e passou a usar preto. deixou de usar sapatos de vela para passar a usar sapatilhas desportivas. maria tinha quase tudo o que queria. refiro-me a coisas materiais. embora os pais a amassem, como um pai deve amar um filho, as suas ausências eram cobradas por bens materiais. apesar da ausências, maria cresceu com valores. com bons valores! muitos deles instruídos pela sua avó materna, que nunca deixou a sua neta transformar-se num ser desprezível. contudo, mesmo tendo adquirido os valores que a sua avó lhe transmitia, maria aprendeu a crescer sozinha. ela auto-educava-se. desde cedo se tornou numa rapariga bastante independente. como é natural, ela tinha o seu pequeno grupo de amigos. apesar de ter bastante facilidade em conhecer e se dar com pessoas, sempre foi bastante ponderada nas suas amizades. sempre soube distinguir as pessoas a quem devia chamar de amigas e as pessoas que devia chamar de colegas. o seu grupo de amigos era constituído por seis raparigas e dois rapazes. um total de oito pessoas em que ela sabe que pode confiar. desde sempre maria se tem mostrado numa pessoa bastante reservada. por vergonha ou simplesmente por falta de a vontade, não tem por habito falar dos seus problemas, do que lhe vai no coração, na cabeça. guarda tudo para si, guarda tudo numa bola que tem dentro de si. tenho a certeza que lá podia encontrar bastantes mágoas. a maria, tal como todas as outras rapariga em todo o mundo, já sofreu por amor, já teve o seu primeiro desgosto amoroso, já chorou por sentir saudades. a pessoa que ela mais sente saudades é, indubitavelmente, a sua avó materna, a avó célia. a avó que foi mãe, pai e amiga. a avó por quem ela, passados três anos, ainda chora. e chora por nunca ter dito, não por não o sentir, que a amava e que ela era a mulher da sua vida. esta é a maior magoa que maria vai carregar consigo para o resto da sua vida. maria, é uma rapariga que dá bastante valor às coisas mínimas. gosta de registar todos os momentos de felicidade que tem na sua vida. tem um infindável número de álbuns onde guarda, cronologicamente, esses mesmos momentos. maria é também uma rapariga bastante ligada à arte musical. os seus gostos são um pouco diferente dos gostos musicais de muitas outras raparigas. a música é algo pelo qual ela não consegue viver sem. a música, para ela, é um bálsamo. poderia continuar a descrever maria neste texto, mas haveria tanto para dizer e ficaria outro tanto por contar. termino dizendo que os três maiores desejos de maria são: primeiro, conseguir tirar o seu tão desejado curso de letras. segundo, poder ter a experiência de ser manager de uma banda famosa e, por fim, o terceiro desejo de maria era poder ir em digressão com uma das suas bandas preferidas. quem sabe se a vida não lhe trará agradáveis surpresas!?

1 comentário: